Inter não aproveita 'inversão de mando' e empata com o Cerro

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Ao escolher Rivera, na fronteira do Uruguai com o Rio Grande do Sul, para a partida desta quinta-feira, pela Libertadores, o Cerro estava dizendo ao Inter que "mi casa es su casa". Porém, os colorados não aproveitaram a "inversão do mando", deixando o placar estagnado no 0 a 0.


O resultado mantém os uruguaios na ponta do Grupo 5 com sete pontos. Os gaúchos estão logo atrás com cinco.

Aquele sentimento diferenciado de uma partida da Libertadores aflorou de maneira mais forte, agregando um ar de decisão para o confronto, mesmo sendo somente a terceira rodada da fase de grupos. Livramento, lado brasileiro da fronteira, se vestiu de vermelho e branco para a partida. Colorados de todas as cidades da região invadiram as ruas. O resultado foi um estádio com 90% do público torcendo para o Inter. Todo o clima favorável não foi o suficiente para a vitória colorada.

O jogo pode ter sido um marco tão grande para o Inter como o que delimita a divisa entre Livramento e Rivera. O time titular de Jorge Fossati, pela primeira vez, estava escalado no 4-4-2. Após sofrer pressão nos primeiros minutos, a equipe colorada se mostrou mais móvel em campo, mas ineficiente para ir às redes.

Na quarta rodada os dois times voltam a se enfrentar. Desta vez, no Beira-Rio, em 31 de março.

O jogo - Se o estádio uruguaio foi invadida pelos colorados, a defesa do Inter foi abafada pelo Cerro nos primeiros dez minutos de jogo. Nessa fatia do primeiro tempo, os mandantes concluíram quatro vezes a gol, com duas defesas de Abbondanzieri e conseguiram um quarteto de escanteios. Os comandados de Jorge Fossati não achavam a bola, tendo as faltas como último recurso para parar as jogadas.

Depois da pressão inicial, o 4-4-2, novo esquema colorado, conseguiu fazer a poeira baixar para começar a jogar. Los Villeros falhavam em bolas longas, fossem verticais ou horizontais, dando espaço, sobre tudo a Edu.

As primeiras chances dos gaúchos saíram com Giuliano. Na primeira, o meia chegou atrasado, não tocando na bola. Na segunda, ele girou para defesa do seguro Rolero. A beleza não era uma característica da partida, mas emoção não faltava. A terceira, o goleiro esticou-se todo para evitar o gol de cabeça.

O desenho do confronto começava a encaixar-se com o que se esboçava antes da bola rolar. O Inter tentava mais, tinha a posse de bola, enquanto o Cerro defendia-se a espera de um erro do adversário.

Mais solto com o novo esquema, o Inter finalizou com bastante volume nos 45 minutos iniciais. Alecsandro não acertou o gol, mas D'Alessandro, de voleio parou em Rolero, em belo arremate da risca da grande área. O ato final da etapa inicial ocorreu em falta cobrada por Mora e defendida por Abbondanzieri.

O vigor permaneceu, mas a intensidade do jogo diminuiu no segundo tempo. As chances para marcar ficaram escassas. O confronto começou a ser disputado somente entre as intermediárias.

O Inter repetia atuação da segunda etapa contra o Deportivo Quito, quando não criou nada no ataque. Alecsandro, sem receber a bola, estava alheio à partida. O Cerro conseguia neutralizar os avanços vermelhos, mas se mostrava inábil para pressionar.

Como ocorreu na capital equatoriana, Abbondanzieri tem peso importante na conquista do ponto. O primeiro lance de perigo ocorreu aos 39 mintuos, quando o argentino defendeu cabeçada após cobrança de falta, mantendo o placar zerado. Nos acréscimos, Alecsandro bateu firme para fora, na única chance colroada no segundo tempo.

Na fronteira da amizade, colorados e albicelestes apertaram às mãos após um fraterno 0 a 0.



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