Muricy pedi R$ 500 mil para voltar a treinar o Inter

[postlink]http://testecristianofarias.blogspot.com/2010/03/muricy-pedi-r-500-mil-para-voltar.html[/postlink]Direção já teria sondado técnicos para substituir Fossati.

Jorge Fossati está garantido até quarta-feira, mas em caso de derrota para o Cerro sua permanência ficaria insustentável. Por isso, a direção já sondou Muricy Ramalho e Mário Sérgio. Muricy foi o primeiro a ser consultado e teria pedido R$ 500 mil mensais para trocar o elegante bairro do Morumbi por Porto Alegre — Fossati recebe pouco mais de R$ 100 mil. A exigência assustou os dirigentes e, por isso, ainda não houve um novo contato.



Mário Sérgio alegou problemas particulares e agradeceu pelo telefonema.

Mesmo atordoada pela derrota para o Caxias e sob o coro debochado dos caxienses de “Fossati, Fossati”, a direção bancou a permanência do técnico. Mas deixou evidente: uma das razões é a falta de tempo para trazer outro até quarta.

— Passamos por isso em outras situações, com outros treinadores e, quando trocamos, a emenda saiu pior do que o soneto. Fossati conhece o grupo e, por isso, fica. O fato novo é que ele fica — disse Carvalho.

Após o jogo de ontem, Fossati entrou no vestiário e se deparou com os jogadores todos sentados em um banco de madeira disposto em forma de U. Dirigiu-se a eles e cumprimentou um a um com um aperto de mão e uma breve palavra de agradecimento pelo esforço em campo. Neste momento, o semblante do técnico estava fechado. Em seguida, ele saiu para um canto e conversou brevemente com o vice de futebol, Fernando Carvalho. Naquele instante, os músculos do seu rosto se descontraíram e sua expressão ganhou alguma leveza em nenhum momento observada na tarde desastrosa em Caxias do Sul.

Fossati saiu para atender os jornalistas, que o esperavam do lado de fora, e Carvalho assumiu a palavra no vestiário. Com discurso firme e em volume alto, cobrou forte do time e impeliu os jogadores a adotar postura agressiva na quarta-feira.

— Temos que redobrar o que está sendo feito. Ninguém vai nos derrubar. Nós vamos nos classificar na Libertadores — exigiu o dirigente, seguido por aplausos e gritos dos jogadores.

Enquanto Carvalho injetava estímulo nos jogadores, Fossati e seu quase 1m91cm se esgueiravam para escapar da chuva e se postar sob a casamata de acrílico para anunciar nos microfones que seguiria no comando do time. Mesmo que o sexto jogo sem vitória, os sete gols nos últimos três jogos e a crise que se avoluma indicassem boa probabilidade de que pedisse o boné.

— A vontade e a determinação dos jogadores me dão forças para continuar à frente do Inter — revelou o técnico.
ZERO HORA


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